Maria Clara Lucchetti Bingemer
Em meio à crise, a pergunta: como vai ficar o crescimento do mundo? Governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, as reflexões dos analistas mais lúcidos – no Brasil, Leonardo Boff, Frei Betto e outros têm escrito sobre isso - a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser revista.
Aparentemente todos os esforços envidados com loucura pelas grandes potências para salvar a economia, o crédito, o dinheiro, de nada adiantarão se não se tentar construir outro modelo civilizatório. Todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto o sistema econômico continuar em busca de crescimento a qualquer preço.
Parece ser que para sair da crise, é urgente remodelar a economia, pois o grande problema na equação do crescimento econômico está no fato de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados e o atual modelo econômico não faz outra coisa senão sugá-los mais ainda e ininterruptamente.
Revistas especializadas chamam a atenção para algo digno realmente de nota: parece que os economistas não perceberam um fato simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. Percebe-se a Terra esgotada já, não conseguindo sustentar a economia existente e seu delírio predatório e poluidor. Por isso, muito menos será capaz de sustentar uma economia que além do que já é, continue a crescer, e crescer desordenadamente.
O sistema, porém é baseado na busca do crescimento e do lucro acima de tudo. E isso faz com que o planeta caminhe para um desastre ecológico e também econômico, devido ao desejo incontrolável de fazer além da medida com recursos medidos e limitados. Para evitar a catástrofe que está vindo daí e já se anuncia apavorante, é preciso mudar o foco do nosso crescimento de quantitativo para qualitativo. Crescer com qualidade significará colocar limites nas taxas de consumo dos recursos naturais, não estimular vertiginosamente o consumo provocando o endividamento coletivo e a falência do sistema.
Parece ser que a lei do mercado não vale para a ecologia. Os valores das mercadorias e os preços podem aumentar, devido a inovações tecnológicas ou melhor distribuição. Mas esse crescimento não pode ir em proporção tal que o planeta não consiga mais sustentá-lo e suportá-lo.
Diante dos índices da crise que, quando parece que arrefecem repontam com mais fúria, ameaçando mesmo a rica Europa de concreta e dura recessão, seria preciso aprender a lição que dela nos vem. Não há desmando que não cobre seu preço logo adiante. Portanto, o crescimento desordenado acarretará necessariamente um desgoverno dos recursos e da qualidade de vida. Antes que seja tarde, é preciso tirar da crise aquilo que ela tem de bom: o aprendizado da sobriedade e do respeito pelos limites dos recursos naturais e humanos.
Fonte: http://amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/amaivos07/noticia/noticia.asp?cod_noticia=11190&cod_canal=44
Em meio à crise, a pergunta: como vai ficar o crescimento do mundo? Governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, as reflexões dos analistas mais lúcidos – no Brasil, Leonardo Boff, Frei Betto e outros têm escrito sobre isso - a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser revista.
Aparentemente todos os esforços envidados com loucura pelas grandes potências para salvar a economia, o crédito, o dinheiro, de nada adiantarão se não se tentar construir outro modelo civilizatório. Todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto o sistema econômico continuar em busca de crescimento a qualquer preço.
Parece ser que para sair da crise, é urgente remodelar a economia, pois o grande problema na equação do crescimento econômico está no fato de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados e o atual modelo econômico não faz outra coisa senão sugá-los mais ainda e ininterruptamente.
Revistas especializadas chamam a atenção para algo digno realmente de nota: parece que os economistas não perceberam um fato simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. Percebe-se a Terra esgotada já, não conseguindo sustentar a economia existente e seu delírio predatório e poluidor. Por isso, muito menos será capaz de sustentar uma economia que além do que já é, continue a crescer, e crescer desordenadamente.
O sistema, porém é baseado na busca do crescimento e do lucro acima de tudo. E isso faz com que o planeta caminhe para um desastre ecológico e também econômico, devido ao desejo incontrolável de fazer além da medida com recursos medidos e limitados. Para evitar a catástrofe que está vindo daí e já se anuncia apavorante, é preciso mudar o foco do nosso crescimento de quantitativo para qualitativo. Crescer com qualidade significará colocar limites nas taxas de consumo dos recursos naturais, não estimular vertiginosamente o consumo provocando o endividamento coletivo e a falência do sistema.
Parece ser que a lei do mercado não vale para a ecologia. Os valores das mercadorias e os preços podem aumentar, devido a inovações tecnológicas ou melhor distribuição. Mas esse crescimento não pode ir em proporção tal que o planeta não consiga mais sustentá-lo e suportá-lo.
Diante dos índices da crise que, quando parece que arrefecem repontam com mais fúria, ameaçando mesmo a rica Europa de concreta e dura recessão, seria preciso aprender a lição que dela nos vem. Não há desmando que não cobre seu preço logo adiante. Portanto, o crescimento desordenado acarretará necessariamente um desgoverno dos recursos e da qualidade de vida. Antes que seja tarde, é preciso tirar da crise aquilo que ela tem de bom: o aprendizado da sobriedade e do respeito pelos limites dos recursos naturais e humanos.
Fonte: http://amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/amaivos07/noticia/noticia.asp?cod_noticia=11190&cod_canal=44
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